terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

não é pra ser

algumas coisas são feitas pra ser, moça. e elas não são.
algumas coisas são feitas pro barco andar. e ele desagua.
e nós. o que somos? o que fomos?
nada.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

quando tu me sorri e me abraça e eu afago a cabeça no teu ombro e fecho os olhos e penso: céus, como eu te amo e te quero 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

que

deus e todos os santos leve toda a impureza desse corpo cansado dos baques, das quedas, dos medos
que 
a dor não exista e minha loucura seja de felicidade 
apenas isso
só isso   

sábado, 8 de fevereiro de 2014

estranho não me sentir. não deitar. não adormecer. não chorar. estranho não estancar o sorriso sem que seja sofrido. estranho sentir o estranho e achar normal. estranho procurar abrigo e o meu abrigo ser vazio. ser eu e um punhado de ilusões. mais eu e um punhado de neuras mastigadas na cabeça. mais eu e a estranheza de chegar no fundo do poço e cavar mais. o raso não me refaz, o fundo me leva e me distrai. 
eu sou o fundo do poço. 
o vazio. 

mas

eu me esbaldo em você e, sem querer, eu transbordo o oceano no teu colo. eu te agrido com as unhas grandes e te machuco com as extravagâncias, e dilacero e recuo e avanço. mas eu me calo e peço um colo e procuro você. e amo e adoro e sou louca por você.

bar do seu josé

qualquer coisa podia ser dita na mesa do bar naquele dia, mas você preferiu a maldita eu-sinto-sua-falta e foi aí que tudo congelou. os momentos, os beijos, as brigas, os risos. tudo naquela porcaria de momento parou com o meu olhar fitando o teu. droga, pensei. eu te amo. eu te amo com a necessidade de respirar. eu te amo com a necessidade de ir embora. de não ficar. não e não e não. o último copo de cerveja foi virado, e desceu goela a baixo como a tua frase.  pra te dizer, nem desceu. e eu só peguei a bolsa e te disse um adeus. mesmo te amando. mesmo querendo ter segurado tua mão e dito o mesmo. ah, baby, eu sinto-tua-falta-também. e tanta e tanta e tanta. e te amo, céus, como eu te amo. 
e descendo a ladeira da rua do bar, chorei. e pensei: "amor, ah amor, tu não és tudo." 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O vazio que quero ocupar tem um nome

E nele, está escrito você. Faça o favor de entrar. 

a verdade é que

tu és linda. e é mais linda quando sorri. quando chora. quando franzi a testa com raiva. quando procura algo e não acha e aí fica brava por não achar nada. quando toma sorvete e se suja. quando surta com a música favorita. quando faz o seu prato favorito. quando pergunta se quero algo além do pudim de chocolate. tu és linda quando fita o chão com medo de ser encarada. quando solta uma gargalhada em algum lugar proibido. quando mexe no cabelo. quando morde os lábios. quando coloca as mãos nos bolsos e levanta os ombros. quando abre os braços pra me abraçar. tu és linda quando não ousas ser. quando acorda e bagunça mais ainda o cabelo, escova os dentes e sai correndo pra faculdade. quando toma o café sagrado das quatro e meia. quando mexe no alargador. tu és linda a cada instante que procuro um detalhe teu. essa é a verdade, teus detalhes são lindos. e meus. 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

sim

só queria transbordar em você e te acordar com o meu mal humor e você, mesmo assim, ri da situação. eu só queria despejar em você uma coisa que não consigo em ninguém: amor. 
e eu que não quero mais nada, desejo você. e eu que sou tão chata, fico legal por você. e eu que nada sei dessa vida, quero saber por você.